sábado, 19 de dezembro de 2015

Qual é o sentido da vida?

Qual é o sentido da vida? Como se pode encontrar propósito, realização e satisfação nesta vida? Terei o potencial de realizar algo com significado? Há tantas pessoas que jamais pararam para pensar no seu sentido da vida. Depois, anos mais tarde elas olham para trás e perguntam pelos seus relacionamentos, que não deram certo, e porque se sentem vazias, mesmo tendo alcançado algum objectivo anteriormente estabelecido. 

Por exemplo um jogador de basebol ter alcançado o hall da fama (hall of fame) desse desporto foi questionado sobre o que gostaria que lhe tivessem dito quando ainda estava a começar a jogar basebol. E ele respondeu: "Eu gostaria que alguém me tivesse dito que quando se chega ao topo, não há nada para lá disso." Muitos são os objectivos que revelam quando são vazios apenas depois de vários anos a serem perdidos na sua busca.

Bem na nossa sociedade humanística, as pessoas vão atrás de muitos propósitos, pensando que vão encontrar algum propósito ou sentido neles. Entre eles estão: sucesso nos negócios, prosperidade, bons relacionamentos, sexo, entretenimento, fazer o "bem aos outros" (porque fazer o bem, não é proclamar-se o autor de boas obras, nem querer aparecer na televisão, nem para o seu ego crescer), entre tantos outros propósitos. As pessoas já viram que, mesmo quando atingiram os seus propósitos de prosperidade, relacionamentos e prazer, tinham ainda uma grande lacuna interior - um sentimento de vazio que nada parecia preencher.


Se estudarmos o livro Bíblico de Eclesiastes, nesse mesmo livro é expressado o sentimento que diz:  "Vaidade de vaidades,..., vaidade de vaidades! Tudo é vaidade." (Eclesiastes 1:2). Este autor tinha prosperidade além da medida, sabedoria maior que outro qualquer homem do seu tempo, e mesmo do nosso, tinha mulheres às centenas, palácios e jardins que eram inveja de todos os restantes reinos, a melhor comida e o melhor vinho e toda a forma possível de diversão. E ele disse, em dado momento, que qualquer coisa que o seu coração quisesse, ele buscava. E mesmo assim ele resume a "vida debaixo do sol" (a vida que é vivida como se tudo o que nela há é o que podemos ver com os nossos olhos e experimentar com os nossos sentidos) como sendo sem significado! Porque existe esse tal vazio? Pelo ponto de vista bíblico, Deus criou-nos para algo além do que nós podemos experimentar aqui e agora. Disse Salomão a respeito de Deus: "Ele também pôs a eternidade no coração dos homens..." (Eclesiastes 3:11), o que deixa a consciência de que o "aqui e agora", não é tudo o que há.
Em Génesis, o primeiro livro da Bíblia, vemos que Deus criou a humanidade à Sua imagem (Génesis 1:26). Isso significa que nós somos mais parecidos com Deus do que com qualquer outra criatura (qualquer outra forma de vida). Nós também percebemos que antes da humanidade cair em pecado e a maldição surgir sobre toda a terra, as seguintes afirmações eram verdadeiras:
  1. Deus fez o homem uma criatura social (Génesis 2:18-25);
  2. Deus deu trabalho ao homem (Génesis 2:15);
  3. Deus tinha comunhão com o homem (Génesis 3:8);
  4. Deus deu ao homem domínio sobre a terra (Génesis 1:26).
Qual o significado disto? Eu creio que Deus tinha como intenção, com cada um destes pontos, acrescentar realização à nossa vida, porém tudo isto (especialmente a comunhão do homem com Deus) foi adversamente afectada pela queda do homem em pecado e consequência da maldição sobre a terra (Génesis 3).


No livro de Apocalipse, o último livro da Bíblia, no final de muitos outros eventos do fim dos tempos, Deus revela que Ele irá destruir a actual terra e céu que conhecemos e que nos irá conduzir ao estado eterno, criando um novo céu e uma nova terra. Nesse tempo, Ele irá restaurar a comunhão total com a humanidade redimida (os que realmente estão em comunhão com Deus, em lugar de estarem com a terra e os delitos da mesma). Alguns da humanidade terão sido julgados indignos e serão atirados ao Lago de Fogo (Apocalipse 20:11-15). E a maldição do pecado será eliminada; não existirá mais pecado, tristeza, doença, morte, dor, sofrimento, etc (Apocalipse 21:4). E aqueles que crêem herdarão todas as coisas; Deus habitará com eles, e eles serão Seus filhos (Apocalipse 21:7). Portanto, chegamos ao ponto inicial que Deus tinha quando nos criou, ou seja, termos comunhão com Ele; o homem pecou, o que fez quebrar tal comunhão; Deus restaura esta comunhão completamente no estado eterno com aqueles que serão dignos. Agora, passar a vida inteira a alcançar qualquer coisa e todas as coisas apenas para morrer separados de Deus pela eternidade seria mais do que fútil, embora mesmo assim haja muita gente a querer desviar-se e a não acreditar, ou a considerar que são coisas do passado, que o mundo de hoje em dia é totalmente diferente de por exemplo o milénio passado, enquanto que na realidade pouco mudou para melhor, mesmo com tanto avanço tecnológico e tanto recuar no saber.
No entanto Deus providenciou uma maneira não apenas de tornar possível a eternidade e alegria espiritual (Lucas 23:43), mas também para vivermos esta vida com satisfação e sentido. Então, como esta eterna alegria espiritual e o "céu na terra" são obtidos?


Esse sentido da vida é restaurado através de Jesus Cristo


Esse é o real sentido, tanto agora como na eternidade, esse relacionamento com Deus é restaurado através de Cristo (Actos 4:12; João 14:6; João 1:12), essa relação que foi perdida quando Adão e Eva caíram em pecado. 
A vida eterna é recebida quando alguém se arrepende dos seus pecados (não querendo continuar mais neles, mas que entenda que deseja realmente que Cristo o mude e faça nele uma nova pessoa, um novo ser) e começa a confiar em Jesus Cristo como Salvador.


Porém, o real sentido da vida não é encontrado meramente em descobrir Jesus como Salvador (apesar do quão maravilhoso que acabará por ser). Além disso, o real sentido da vida é encontrado ao começar a seguir a Cristo, como Seu discípulo, aprendendo Dele, passando tempo com Ele na Sua Palavra, a Bíblia, tendo comunhão com Ele em oração e ao caminhar com Ele em obediência aos Seus mandamentos. Se é actualmente um descrente (ou talvez um novo crente), ou apenas quem prefere não ter preferência, se calhar vai achar que não é algo assim tão incrível e realizador, que eventualmente ser bem sucedido, ter tudo na vida, seria bem mais tentador, do que passar por dificuldades, mas faça o favor de ler um pouco mais. Jesus fez as seguintes declarações:


«Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.» (Mateus 11:28-30)


«O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir, eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.» (João 10:10)


«Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.» (Mateus 16:24-25)


E no livro de Salmos, temos no capítulo 37, versículo 4:
«Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração.»


No fundo, o que estes versículos acabam por dizer é que nós temos uma escolha. Nós podemos continuar a buscar guiar as nossas próprias vidas (com o resultado de vivermos uma vida vazia) ou podemos escolher seguir a Deus buscando a Sua vontade para as nossas vidas com todo o nosso coração (o que resultará numa vida vivida por completo, tendo os desejos do nosso coração atendidos e encontrando contentamento e satisfação). Isto é assim porque o nosso Criador nos ama e deseja o melhor para nós (não necessariamente a vida mais fácil, mas com a maior satisfação, em especial na eternidade).


Termino com um exemplo, se for fã de um desporto e decide ir a um jogo profissional, pode poupar algum dinheiro e arranjar um lugar mais barato, longe da acção, nas posições mais altas do estádio, ou pode gastar bem mais e ficar bem perto e aproveitar com mais vivacidade a acção. É assim também na vida Cristã. Assistir à obra de Deus em Primeira Pessoa não é para os cristãos de Domingo. Eles não pagaram o preço. Assistir à obra de Deus em Primeira Pessoa é para o servo que se torna discípulo de Cristo que é de todo o coração, aquele que parou de ir atrás das suas próprias vontades a fim de seguir os propósitos de Deus na sua vida. Eles pagaram o preço (rendição completa a Cristo e a Sua vontade); eles estão a viver a vida ao máximo; e eles podem encarar-se a si mesmos, seus amigos e o Criador sem remorsos! Já pagou esse preço? Sente essa vontade? Se a resposta é sim, pode nunca mais sentir fome de sentido e propósito.
 
 

Um Santo e Bendito Natal, em Família!